ROMA 2010
ROMA 2010
FONTANA DI TRÉVI ROMA 2010
TOUR MARAVILHOSO POR ROMA
http://youtu.be/gwuHiu3wmUA?hd=1
ROMA 2010
FONTANA DI TRÉVI ROMA 2010
TOUR MARAVILHOSO POR ROMA
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FONTANA DI TRÉVI ROMA 2010
NÁPOLES 2010
NÁPOLES 2010
NÁPOLES 2010
POMPÉIA 2010
FLORENÇA 2010
FLORENÇA 2010
VENEZA 2010
VENEZA 2010
VENEZA 2010
VENEZA 2010
VENEZA 2010
VENEZA 2010
VENEZA 2010
VENEZA 2010
VENEZA 2010
CONHECENDO DETALHADAMENTE A ITÁLIA
Coordenadas:
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41° 54' 12° 30'
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Área:
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1285 km²:
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2 546 804 (2001) hab.
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1981 hab./km²
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Gianni Alemanno
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Feriado:
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21 de Abril (aniversário da cidade), 29 de Junho (festa dos padroeiros)
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Website: | http://www.comune.roma.it/ |
Roma é a capital da Itália, é uma comuna italiana e está sediada na província de mesmo nome, na região do Lácio. Conhecida internacionalmente como A Cidade Eterna pela sua história milenar,[1] Roma espalha-se pelas margens do rio Tibre, compreendendo o seu centro histórico com as suas sete colinas: Palatino, Aventino, Campidoglio (ou Capitólio), Quirinale, Viminale, Esquilino, e Celio. Segundo o mito romano, a cidade foi fundada a cerca de 753 a.C..[2] (data convencionada) por Rómulo e Remo, dois irmãos criados por uma loba, que são atualmente símbolos da cidade. Desde então tornou-se no centro da Roma Antiga (Reino de Roma, República Romana, Império Romano) e, mais tarde, dos Estados Pontifícios, Reino de Itália e, por fim, da República Italiana.
No interior da cidade encontra-se o estado do Vaticano, residência do Papa (Sede da Igreja Católica). É uma das cidades com maior importância na História mundial, sendo um dos símbolos da civilização europeia.[3] Conserva inúmeras ruínas e monumentos na parte antiga da cidade, especialmente da época do Império Romano, e do Renascimento, o movimento cultural que nasceu na Itália.
A área metropolitana tem cerca de 2 546 804 habitantes (2001),[4] e estende-se por uma área de 1285 km², tendo uma densidade populacional de 1981 hab/km², o que a torna na maior cidade da Itália[4] e também na capital europeia de maiores dimensões. O presidente da câmara (Sindaco) em 2008 é Gianni Alemanno.
História
- Segundo a tradição, Roma teria sido fundada no ano de 753 a.C. por Rómulo e o seu irmão Remo.[5] Rómulo e Remo envolveram-se numa luta e Rómulo acabou por assassinar o seu irmão o Remo. No começo foi governada por reis mas, novamente de acordo com a tradição, tornou-se uma República em 509 a.C..[6] A cidade cresceu e, no final da República, Roma era a capital de um vasto império em volta do Mar Mediterrâneo. No seu auge, durante o século II, a cidade chegou a ter cerca de 45 000 prédios de apartamentos, e uma população de 1 600 000 pessoas. Seus aquedutos transportavam mais de um milhão de metros cúbicos de água, mais água do que chega à Roma moderna.
Com o fortalecimento do cristianismo do rei, no século III d.C., o Bispo de Roma (que mais tarde passaria a ser chamado de Papa) tornou-se a maior autoridade religiosa na Europa Ocidental.
A partir de meados do século III, com o começo das migrações dos povos bárbaros para o interior das fronteiras do Império,[6] e que eventualmente invadiriam por várias vezes a cidade, registrou-se um fluxo de habitantes da cidade para o campo; quando o Império entrou em colapso (476),[7] pouco mais de 50 mil habitantes ainda moravam na cidade. A cidade de Roma estaria em mãos bárbaras (e apoiada economicamente e politicamente pelos Impérios Bizantinos) por pelo menos mais quatro séculos até que, em 756, Pepino III, o Breve, derrotou os Lombardos, devolvendo a Roma sua autonomia. Roma passaria a ser capital dos Estados Pontifícios até 1870, onde o Papa era a autoridade máxima do Estado.
Numa série de acontecimentos sem precedentes em toda a península itálica, Roma tornou-se a capital da nova Itália unificada de Giuseppe Garibaldi, em 1871. Em 11 de fevereiro de 1929, Benito Mussolini estabeleceu, numa série de acordos com o Papado, o Estado independente do Vaticano, cedendo um pedaço de 0,44 km² no seio da cidade a este novo país.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Roma sofreu pesados bombardeamentos e foi também o palco de várias batalhas, embora tenha sofrido menos danos que outras cidades controladas pelo Eixo (como Berlim ou Varsóvia); foi capturada pelos Aliados em 4 de junho de 1944, tornando-se a primeira capital de uma potência central do Eixo a cair.
Nos anos que se seguiram à Guerra, a cidade foi palco de crescimento acelerado. Com cerca de 240 mil habitantes à época da unificação do país, a cidade cresceu para 692 mil em 1921 e 1,6 milhão em 1962.[carece de fontes]
Geografia
O núcleo do sistema urbano desenvolve-se ao longo do rio Tibre, em pequenos relevos no meio dos quais se encontra a ilha Tiberina. Tanto à esquerda como à direita do rio encontram-se relevos de pouca expressão, restos do antigo aparelho vulcânico designado de Vulcão Lacial, como os montes Tiburtinos e os montes Prenestrinos. Em termos de altitude, a zona varia entre os 13 m ao nível médio do mar da Piazza del Popolo e os 120 m do monte Mario.[8] Roma é atravessada ainda por outro rio, o Aniene, que conflui no Tibre ainda em território urbano. As margens do Aniene estão protegidas sob estatuto de parque natural.
No inverno, mas principalmente em janeiro, as temperaturas são geladas, com queda de neve ocasional, média de somente 7 °C,[9] costuma chover muito nessa época, o sol nasce as 7:40 e se põe as 16:50. No verão, mas principalmente em julho, a média é de 24 °C,[9] sendo que a quantidade de chuva é baixa, pois Roma tem um verão de pouca umidade, o sol nasce as 5:40 e se põe somente as 20:50. Novembro é o mês mais chuvoso da cidade, chove cerca de 112 mm,[9] enquanto julho é o mais seco, chove somente 15 mm.[9]
Ao nível administrativo, Roma faz fronteira com as comunas de Albano Laziale, Anguillara Sabazia, Ardea, Campagnano di Roma, Castel Gandolfo, Castel San Pietro Romano, Ciampino, Colonna, Fiumicino, Fonte Nuova, Formello, Frascati, Gallicano nel Lazio, Grottaferrata, Guidonia Montecelio, Marino, Mentana, Monte Porzio Catone, Monte Compatri, Monterotondo, Palestrina, Poli, Pomezia, Riano, Sacrofano, San Gregorio da Sassola, Tivoli, Trevignano Romano, Zagarolo.
Demografia
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A história de Roma iniciou-se a 800 a.C. com a aliança de várias povoações de centenas a milhares de habitantes. Desde então, o crescimento da cidade nos séculos seguintes foi contínuo, até se tornar numa megacidade no século I a.C., que contabilizou mais de um milhão de habitantes. Apenas já na Idade Média se deu um grande colapso demográfico que, em poucos anos, até 530 d.C., reduziu a população para pouco mais de 50.000 habitantes. Assim, no início da Idade Média, Roma comparava-se a uma vila atual. Seria apenas com a ascensão do Estado Pontifício que Roma floresceria novamente, tornando-se um destino de muitos viajantes já no século XIX, aumentando a sua população para 230.000; no entanto, seria no século seguinte que Roma se tornaria novamente numa cidade de milhões de habitantes, em apenas cerca de 100 anos. A tabela demonstra estimativas até 1858 e, entre 1861 e 2001, baseia-se nos censos respectivos, com dados de 2004 extraídos do instituto nacional de estatística (ISTAT).
Florença | ||||
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Collage Firenze.jpg | ||||
Região: | Toscana | |||
Província: | Florença | |||
Coordenadas: | 43° 47' N 11° 15' E | |||
Área: | 102 km²: | |||
População: | 371060 hab. | |||
Densidade: | 3453 hab./km² | |||
C. limítrofes: | Bagno a Ripoli, Campi Bisenzio, Fiesole, Impruneta, Scandicci, Sesto Fiorentino | |||
Prefeito: | Matteo Renzi | |||
Partido político: | Centro-esquerda | |||
Mandato: | 2009-2014 | |||
Orago (padroeiro) : | São João Baptista | |||
Florença foi durante muito tempo considerada a capital da moda. É considerada o berço do Renascimento italiano, e uma das cidades mais belas do mundo.
Tornou-se célebre, também, por ser a cidade natal de Dante Alighieri, autor da "Divina Comédia", que é um marco da literatura universal e a língua italiana moderna tem várias influências desta obra. Nesse poema ele descreve a cidade de Florença em muitas passagens, assim como alguns de seus contemporâneos florentinos célebres, que também são personagens da obra. Também é florentino Cimabue, o último grande pintor italiano a seguir a tradição bizantina, e responsável pela "descoberta" de Giotto.
Tem origem num antigo povoado etrusco. A cidade foi governada pela família Médici desde o início do século XV até meados do século XVIII. O primeiro líder da cidade pertencente à família Médici foi Cosme, o Velho, chegou ao poder em 1437. Foi um protector dos judeus na cidade, iniciando uma longa relação da família com a comunidade judaica.
A Grande Sinagoga de Florença, também conhecida como Tempio Maggiore ("Templo Principal") é considerada uma das mais belas da Europa.
Destacam-se as diversas e belíssimas catedrais de épocas e estilos diferentes. A cidade também é cenário de obras de artistas do Renascimento, como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Giotto, Botticelli, Rafael Sanzio, Donatello, entre outros.
Nesta cidade nasceram os papas: Leão X, Clemente VII, Clemente VIII, Leão XI, Urbano VIII, Clemente XII.
Futebol
A ACF Fiorentina é o principal clube de futebol da cidade e manda seus jogos no Estádio Artemio Franchi.
Futebol florentino
O futebol florentino chamando em italiano de calcio fiorentino ou calcio storico é uma antiga forma de futebol que se assemelha muito ao rugby.
República de Florença
Património
- Santa Maria del Fiore (Catedral de Florença)
- Palazzo Vecchio (Palácio Velho)
- Ponte Vecchio (Velha Ponte)
Veneza | ||||
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Região: | Vêneto | |||
Província: | Veneza | |||
Coordenadas: | 45° 26' N 12° 20' E | |||
Área: | 412 km²: | |||
População: | 271.009 hab. | |||
Densidade: | 646 hab./km² | |||
C. limítrofes: | Campagna Lupia, Cavallino-Treporti, Chioggia, Jesolo, Marcon, Martellago, Mira, Mogliano Veneto (TV), Musile di Piave, Quarto d'Altino, Scorzè, Spinea | |||
Prefeito: | ||||
Partido político: | ||||
Mandato: | ||||
Orago (padroeiro) : | São Marcos | |||
Veneza (em italiano: Venezia, em vêneto: Venexia, AFI: [veˈnɛsja]) é uma cidade e comuna italiana da região do Vêneto, província de Veneza no nordeste de Itália. Tem cerca de 271 009 habitantes e é conhecida pela sua história, canais, museus e monumentos. A comuna de Veneza estende-se por uma área de 412 km², incluindo as ilhas de Murano, Burano e outras na lagoa de Veneza, tendo uma densidade populacional de 646 hab/km². Faz fronteira com Campagna Lupia, Cavallino-Treporti, Chioggia, Jesolo, Marcon, Martellago, Mira, Mogliano Veneto (TV), Musile di Piave, Quarto d'Altino, Scorzè, Spinea. A parte de Veneza em terra firme é a fracção comunal de Mestre.
A cidade foi formada num arquipélago da laguna de Veneza, no golfo de Veneza, no noroeste do mar Adriático. Tornou-se uma potência comercial a partir do século X, no qual sua frota já era uma das maiores da Europa. Foi uma das cidades mais importantes da Europa, com uma história rica e complexa e um império de influência mundial comandado pelos doges, os líderes da cidade. Como cidade comercial, tinha várias feitorias e controlava várias rotas comerciais no Levante. Eram suas feitorias cidades como Negroponto e Dyrrhachium (atual Durrës), assim como ilhas inteiras: Creta, Rodes, Cefalônia e Zante, por exemplo. O historiador Fernand Braudel classificou-a como a primeira capital econômica do Capitalismo.
O patrono da cidade é São Marcos (festa em 25 de abril). A festa do povo do Véneto é celebrada em 25 de março, data da fundação da cidade.
É classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Dos muitos monumentos e locais turísticos existentes, destacam-se a imponente Basílica de São Marcos, na adjacente Praça de São Marcos, a famosa Ponte de Rialto sobre o Grande Canal, construída em 1588 segundo projeto de Antonio da Ponte, a Ca' d'Oro e numerosas igrejas e museus.
Veneza é ainda famosa pelos seus certames internacionais, como o Festival de Cinema e a Bienal de Artes, pela Regata Histórica, que ocorre no primeiro domingo de setembro, pelo fabrico de vidro, pelo Carnaval de Veneza, pelos casinos e pelos seus passeios românticos, levando muitos casais a passarem suas luas-de-mel.
Nesta cidade nasceram os Papas Gregório XII, Eugênio IV, Paulo II, Alexandre VIII, Clemente XIII e Pio X, além de numerosos artistas e arquitectos como Antonio Vivarini (1440-1480), Antonio da Ponte (1512-1595), Tintoretto (1518-1594) e Canaletto (1697-1768). No campo da música, foi aqui que nasceu e viveu Antonio Vivaldi (1678-1741).
Etimologia
O nome Veneza está relacionado com o povo conhecido como Vênetos, talvez o mesmo povo chamado por Homero de Eneti (Ενετοί). O significado da palavra é incerto. As conexões com o verbo "venire" (chegar) e (Eslo)vénia são fantasias. Uma conexão com a palavra "venetus" (mar azul) é possível.
História
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Patrimônio Mundial da UNESCO | ||||
Panorama de Veneza. | ||||
País | Itália | |||
Tipo | ||||
Critérios | i, ii, iii, iv, v, vi | |||
Referência | 394 | |||
Região** | Europa | |||
Coordenadas | 45° 26' N 12° 19' E | |||
Histórico de inscrição | ||||
Inscrição | 1987 (11ª sessão) | |||
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial. ** Região, segundo a classificação pela UNESCO. |
Embora não haja nenhum registo histórico que lide directamente com as origens de Veneza, os elementos disponíveis fizeram com que vários historiadores concordassem com a teoria de que a população original de Veneza era formada por refugiados de cidades romanas como Pádua, Aquileia, Altino e Concórdia (moderna Portogruaro), que fugiam das sucessivas invasões germânicas e hunas à Península Itálica no século V.[1] Mais tarde, algumas fontes históricas romanas revelaram a existência de pescadores nas ilhas da lagoa de Veneza. Eles são referidos como incola lacunae (habitantes da lagoa).
Começando em 166-168, os Quados e os Marcomanos destruíram a atual Oderzo. As defesas romanas foram derrubadas no início do século V pelos Visigodos e, cerca de 50 anos depois, pelos hunos liderados por Átila. A mais duradoura invasão foi a dos lombardos em 568. A leste, o Império Bizantino estava estabelecendo domínios na região do atual Vêneto e as principais entidades administrativas e religiosas do império na Península Itálica foram transferidas para este domínio. Foram construídos novos portos nos domínios, incluindo Malamocco e Torcello na lagoa de Veneza.
O domínio bizantino na Itália Central e Setentrional posteriormente foi eliminado em grande medida pela conquista do Exarcado de Ravenna em 715 por Astolfo. Durante este período, a sede local do governo bizantino (a residência do "duque/doux", depois chamado de doge), foi situada em Malamocco.
Em 775-776, a sede do bispado de Olivolo (Helipolis) foi criada. Durante o reinado do doge Agnello Participazio (811-827), a sede ducal foi movida de Malomocco para a ilha protegida de Rialto (de "rivoalto", isto é, costa alta).
Os doges
O doge era o primeiro magistrado da República de Veneza. Os seus atributos simbólicos eram ainda reminiscências do Império Bizantino.
O poder dos doges foi sempre limitado pelos venezianos, através, por exemplo, do promissio ducalis, uma carta de princípios e promessas que deviam jurar na data de entrada em funções. O texto foi fixado em 1172, quando foi eleito Enrico Dandolo, e foi alvo de alterações em 1192 e 1229. A partir deste último ano, a eleição do doge ficou submetida ao exame do Conselho dos Cinco Correctores. A partir de 1501, a promissio foi lida todos os anos ao doge em funções. Em 1646, a dogeza (a mulher do doge) foi interdita à coroação. Durante o século XVII, os membros da família do doge estavam interditos na magistratura e embaixadas venezianas.
O primeiro título de doge em Veneza foi dado no século IX como dux Veneciarum ("chefe dos Venezianos"), título que se manteve durante toda a existência do cargo.
Do século IX ao século XII, os doges juntaram ao título os de dux Croatorum ("chefe dos croatas"), dux Dalmatinorum (chefes dos dálmatas), totius Istriæ dominator ("soberano de toda a Ístria"), dominator Marchiæ ("soberano das Marcas"), traduzindo assim o domínio veneziano no mar Adriático. Em 1095, o epitáfio do doge Vitale Faliero de Doni proclamava-o mesmo rex et corrector legum ("rei e promulgador das leis").
Enrico Dandolo, no fim do século XII, intitulava-se dominator quarte et dimidie partis totius Imperii Romanie ("soberano de um quarto e meio de todo o Império Romano"). O título prolongou-se até 1356 e foi abandonado por Giovanni Delfino.
Expansão
A influência política de Veneza foi marcante na história da Europa,[2] sobretudo quando a partir da Alta Idade Média se expandiu graças ao controlo do comércio com o Oriente e aos benefícios que daí vinham. Essa expansão deu-se sobretudo na zona do mar Adriático e do Mar Egeu. O apogeu de Veneza alcançou o zénite na primeira metade do século XV, quando os venezianos começaram a expandir-se pela Itália oriental, como resposta ao ameaçador avanço de Gian Galeazzo Visconti, duque de Milão.
Veneza soube aproveitar todas as mudanças que ocorreram no mundo ocidental:
- Aliou-se com os francos contra os longobardos.
- Aliou-se com o Império Bizantino contra os normandos.
- Foi benevolente e tolerante com o Islão, de tal modo que ao estar o Império Bizantino em guerra com os árabes este não podia comerciar sem grandes riscos, e foi nessa ocasião que os navios venezianos partiram para Alexandria, Beirute e Jaffa, monopolizando aquele comércio.
Decadência
A queda de Constantinopla em 1453 marcou o princípio da decadência. A descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama (1498) e a descoberta da América por Cristóvão Colombo (1492) deslocaram as rotas de comércio e Veneza viu-se obrigada a sustentar uma luta esgotante contra os turcos otomanos. Em 1797, foi invadida pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Com a assinatura do tratado de Campofórmio, dividiu-se o seu território entre França e Império Habsburgo.
Veneza está rodeada de lagoas de pouco profundidade, e isso valeu-lhe sempre como excelente defesa. Nas suas águas encalhavam facilmente os navios que não conheciam os fundos. Era também uma cidade entrincheirada protegida por grandes muralhas. As "muralhas" de Veneza são os perigosos bancos de areia que ficam quase a descoberto na baixa-mar. Para chegar a Veneza vindo do mar Adriático, é preciso conhecer as passagens, que em tempos de paz eram assinaladas com fileiras de estacas com luzes à noite.
Geografia
O principal núcleo da cidade, o seu centro histórico, é constituído por um conjunto de ilhas no centro da lagoa, com um total de 60 053[3] habitantes. A estas ilhas no centro da lagoa há que juntar outras no estuário (30 295[3] residentes) e também na parte continental (180 661[3] residentes), que com os seus 130,03 km², representam cerca 83% da área emersa do território.
A cidade está coberta por 177 canais, 400 pontes e 118 ilhas, estando localizada entre a foz do rio Ádige (a sul) e do rio Piave (a norte). O centro histórico é totalmente pedonal, atuando como canais rodoviários, bem como os diferentes barcos, que são os únicos meios de transporte na zona. O centro histórico sempre esteve isolado de terra firme (algo que em numerosas ocasiões representou um eficiente sistema de defesa) até 1846, quando foi construída a ponte ferroviária. Em 1933, a Ponte della Libertà, com 4 km trouxe para a entrada da cidade o tráfego rodoviário, ligando Mestre à Piazzale Roma. A cidade dista cerca de 37 km de Treviso e 40 km de Pádua.
As outras principais ilhas da lagoa são: Lido, Murano, Burano e Torcello. Outras ilhas menores são São Miguel (a ilha do cemitério da cidade), Santo Erasmo, Mazzorbo, La Vignole, Certosa São Francisco do Deserto, São Giacomo em Paludo, São Servolo, São Lazzaro degli Armeni e Giudecca.
Clima
O clima de Veneza, como o vale do rio Pó, tende para o regime continental, e pode ter Invernos rigorosos e Verões quentes. A chuva pode atingir o valor máximo no Verão, com tempestades.Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Anual |
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Máximas médias °C | 6 | 8 | 12 | 16 | 21 | 24 | 27 | 27 | 23 | 17 | 11 | 7 | 12 |
Mínimas médias °C | -1 | 1 | 4 | 7 | 12 | 16 | 18 | 17 | 14 | 10 | 3 | 0 | 8 |
Chuva mm. | 50 | 50 | 60 | 70 | 60 | 70 | 60 | 70 | 60 | 70 | 80 | 60 | 820 |
Fonte: Weatherbase |
Demografia
Em 2007 estimava-se em 268 993 o número de residentes em Veneza, dos quais 52,5% do sexo feminimo. A razão de crianças e jovens até aos 18 anos de idade era de 14,36% e a de pensionistas 25,7 por cento. A média de idades dos residentes na cidade era de 46 anos, superior à do país. Entre 2002 e 2007, a população decresceu 0,2%, e no resto do país registou-se um aumento de 3,85%.[4]
Em 2006, 93,70% da população era constituída por italianos. O grupo imigrante mais numeroso era de europeus de outras nacionalidades, como os romenos, com 3,26%, sul-asiáticos: 1,26%, e leste-asiáticos: 0,9%). O culto religioso é maioritariamente católico, mas devido à imigração há algumas pequenas comunidades cristãs ortodoxas, islâmicas, hinduístas e budistas.
Política
Geminações e acordos de cooperação
Veneza possui as seguintes cidades-irmãs:
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Veneza tem acordos de cooperação com a cidade grega de Tessalónica, a cidade alemã de Nuremberga, assinado em 25 de setembro de 1999, e a cidade turca de Istambul, assinado em 4 de março de 1993, no âmbito da Declaração de Istambul de 1991. Tem também uma parceria de Ciência e Tecnologia, com Qingdao, na China.
A cidade de Veneza e a Associação Central de Cidades e Comunidades da Grécia (KEDKE) estabeleceram, em janeiro de 2000, nos termos do Regulamento CE n. 2137/85, o Agrupamento Europeu de Interesse Económico (AEIE) - Sistema Marco Polo, que tem por objetivo promover e realizar projetos europeus no âmbito cultural e turístico no campo transnacional, especialmente previsto para a preservação e salvaguarda do património artístico e arquitectónico.
Subdivisões
A comuna de Veneza não está dividida, ao contrário do que é comum em Itália, em frações comunais. O centro da cidade segue uma tradição de divisão em bairros chamados sestieri (plural de sestiere).
Os sestieri do centro histórico são os seis seguintes:
- Cannaregio - o sestiere mais setentrional de Veneza. É neste sestiere que termina a Ponte della Libertà que liga a cidade ao continente e a estação ferroviária de Venezia Santa Lucia.
- Castello - o mais oriental.
- Dorsoduro (inclui a ilha Giudecca) - o sestiere mais meridional de Veneza. Fica a sul dos sestieri de Santa Croce e San Polo, englobando as ilhas situadas do outro lado do canal da Giudecca, à exceção da ilha de San Giorgio Maggiore que pertence ao sestiere de San Marco. O seu nome provém da natureza do terreno, mais duro que as terras envolventes.
- San Marco - constitui o coração da fundação da Sereníssima e inclui a Praça de São Marcos, a Basílica e o Campanário.
- San Polo - o mais pequeno, de um dos lados da ponte de Rialto.
- Santa Croce - o mais ocidental, que pertencia à zona chamada Luprio, onde se encontravam os pântanos salgados nos primeiros tempos da história de Veneza.
Infraestrutura
Transportes
Veneza é mundialmente famosa pelos seus canais. A cidade foi construída sobre um arquipélago de 118 ilhas formadas por cerca de 150 canais numa lagoa rasa. As ilhas em que a cidade é construída são ligadas por cerca de 400 pontes. No velho centro, os canais servem a função de estradas, e de qualquer forma de transporte sobre a água ou a pé. No século XX, um aterro permitiu uma ligação ao continente, a construção da estação ferroviária de Venezia Santa Lucia em Veneza, uma estrada para automóveis e um estacionamento. Para além destas ligações para o continente no extremo norte da cidade, o transporte dentro da cidade continua a ser, como foi em séculos passados, inteiramente na água ou em pé. Veneza é a maior urbe da Europa com áreas livres para carros, única na Europa, permanecendo um considerável funcionamento da cidade no século XXI totalmente sem carros ou camiões.
Transporte público
Azienda Trasporti Consorzio Veneziano (ACTV) é o nome do sistema de transporte público em Veneza. Ele combina tanto o transporte terrestre, com autocarro, e o canal de viagens, com barcos-autocarros (vaporetti). No total, existem 25 rotas que ligam vários pontos na cidade.
Cursos de água
O barco clássico veneziano é a gôndola, mas agora é mais utilizado por turistas, ou para casamentos, funerais ou outras cerimónias. A maioria dos venezianos agora viaja em barcos motorizados (vaporetti) que fazem viagens regulares ao longo das rotas principais dos canais da cidade e entre ilhas. A cidade também tem muitas embarcações privadas. As únicas gôndolas ainda de uso comum pelos venezianos são os Traghetti, onde os passageiros atravessam o Grande Canal em determinados momentos, sem pontes. Os visitantes podem ainda tomar os barcos-táxis entre áreas da cidade.
Aeroportos
Veneza é servida pelo recentemente reconstruído Aeroporto Internacional Marco Polo, ou Aeroporto de Veneza Marco Polo, nomeado em homenagem ao seu famoso cidadão. O aeroporto está situado no continente e foi reconstruído um pouco longe da costa, no entanto, os barcos-táxis ou os barcos da Alilaguna para Veneza servem os terminais a cada sete minutos.
Algumas companhias do mercado, como o Aeroporto de Treviso em Treviso, a 20 km de Veneza, servem como entrada para Veneza. Alguns voos simplesmente anunciam "Veneza", sem nomear o aeroporto, exceto no papel dos bilhetes.[5]
Automóveis
Veneza é praticamente uma zona sem carros, por ser construída sobre a água. Os veículos podem atingir o terminal para carros/autocarros através da Ponte della Libertà (SR11). A ponte inicia-se a oeste do Mestre. Existem dois parques de estacionamento que servem a cidade: Tronchetto e Piazzale Roma. os carros podem ser estacionados ali 24 horas por dia, em que o preço a pagar é de cerca de 25 euros por dia. Um ferry para Lido serve o parque de estacionamento de Tronchetto e é servido por autocarros e vaporetti, como transportes públicos.
Cultura
A influência de Veneza estendeu-se naturalmente ao nível cultural ao longo da História. Exemplos disso são as telas para pintura, inventadas na cidade, inovações no fabrico do vidro, o papel dominante da Escola Veneziana na música europeia do século XVI, o grande número de impressores da cidades, ou as palavras de origem veneziana, relacionadas com a toponímia local ou características próprias da cidade, e que entraram no vocabulário de muitas línguas europeias: arsenal, ciao, gueto, gôndola, lazareto, laguna, lido, quarentena, Montenegro ou regata. O diminutivo de Veneza deu ainda lugar à designação da Venezuela, que significa "pequena Veneza".
Veneza é na atualidade uma cidade de artes por excelência, devendo a sua fama mundial à simples condição de ser uma cidade construída sobre a água, com canais em vez de ruas, e é tomada como modelo de comparação com todas as cidades com canais, como por exemplo Amesterdão (A Veneza do Norte)[6] ou na China, onde Suzhou é dita Veneza do Oriente,[7] ou Aveiro (A Veneza de Portugal), ou a Little Venice de Londres, assim chamada por causa dos canais. Há um estado que tem o seu nome etimologicamente ligado a Veneza: a Venezuela, assim chamada pelo navegador florentino Américo Vespucci por causa das aldeias palafitas que viu.
Arquitetura
Era a Veneza na Ponte dos Suspiros; um palácio de um lado, do outro uma prisão; vede o seu perfil emergir da água como o toque da varinha de um mágico…—Lord Byron, em Childe Harold's Pilgrimage, canto IV, estr. 1, 1812
O terreno sobre o qual se ergue Veneza fez com que ideias engenhosas permitissem a construção de edifícios e espaços públicos sobre fundações muito difíceis. É necessária a consolidação e a colocação de estacas.
O delicado equilíbrio da lagoa, que se ressente com o aporto de sedimentos e de água doce dos rios, da invasão da água do mar e da presença do vento, tornam necessário o controlo do regime das águas ao longo do tempo. Veneza tem intervenções hidráulicas de monta, que pretendem equilibrar o regime de subida das águas, mas frequentemente dá-se o fenómeno da acqua alta, quando as zonas mais baixas da cidade ficam totalmente cobertas por água.[8] O projeto MoSE foi lançado pelo governo italiano para proteger a cidade, com diques e controlo das águas da lagoa vizinha[9] mas é contestado por alguns ambientalistas.[10]
A arquitetura típica veneziana tem um elemento facilmente reconhecível, designado patera, e que é um baixo-relevo ornamental de forma circular.
Pintura
Música
Se tivesse de procurar uma palavra que substituísse "música" poderia pensar em "Veneza".
Veneza é a pátria do célebre compositor barroco Antonio Vivaldi (1678-1741), do compositor Luigi Nono (1924-1990) e do compositor e diretor de orquestra Giuseppe Sinopoli (1946-2001). Claudio Monteverdi, chamado a San Marco pela corte de Mântua reorganizou o coro local e completou os seus madrigais em Veneza. Giovanni Gabrieli (1557-1612) era veneziano. A Benedetto Marcello (1686-1739) foi dedicado o Conservatório de Veneza. A tradição é antiga também no Ospedale della Pietà, escola de música para órfãos onde Vivaldi ensinou. Em 1636, foi aberto o primeiro teatro público pago do mundo, o San Cassiano. O teatro de ópera da cidade é o La Fenice reconstruído após o violento incêndio que o destruiu completamente em 1996. A Bienal de Veneza organiza o Festival de música contemporânea.[11]
Festival de Cinema
Embora o festival seja anual, ele está englobado no que se designa como Bienal de Veneza, uma exposição internacional de artes de grande projecção internacional.
Pontos turísticos
Museus
Veneza é uma cidade rica em museus, galerias de arte e eventos relacionados. Entre eles incluem-se: a Accademia, museu e galeria de arte especializada em arte até ao século XIX, que fica na margem sul do Grande Canal; o Museu Correr, museu municipal que ocupa parte da Ala Napoleónica; a Ca' d'Oro; e a mais recente Coleção Peggy Guggenheim.
Praças
Veneza é conhecida pelas magníficas e muito visitadas praças. Além da grande Praça de São Marcos (com a Basílica e o Campanário de São Marcos), a cidade dispõe de outras praças menores, chamadas "campo" no dialecto da cidade. Exemplos são o Campo Santa Margherita e o Campo San Polo.
Palácios
- Palácio dos Doges
- Palazzi Barbaro
- Ca' Rezzonico
- Ca' d'Oro
- Palácio Contarini del Bovolo
- Palácio Grassi
Igrejas
Categoria:Igrejas de Veneza Veneza é um importante centro do Catolicismo na Itália. A cidade é sede do patriarcado de Veneza (em latim: Patriarchatus Venetiarum) e sede metropolitana da Igreja Católica, pertencente à região eclesiástica de Triveneto. Em 2004 contava 365 332 batizados entre 370 895 habitantes. No presente é regida pelo Cardeal Patriarca Angelo Scola.
A catedral é a Basílica de São Marcos, e a co-catedral é a Basílica de São Pedro de Castello.
A lista de templos cristãos é vastíssima, citando-se apenas os mais significativos.
- Basílica de São Marcos
- Basílica de São Pedro de Castello
- Basílica de Santa Maria Gloriosa dei Frari
- Basílica de Santa Maria da Saúde
- Basílica de São Jorge Maior
- Igreja do Redentor
- Igreja de São Zacarias.
- Basílica de São João e São Paulo
- Igreja de Santa Maria dos Milagres
- Igreja da Madonna dell'Orto
- Igreja de Santo Estêvão
- Igreja de São Sebastião
- Igreja de São Nicolau dei Mendicoli
- Igreja de São Roque
- Igreja de São Pantaleão
- Igreja de São João em Bragora
Pontes
- Ponte de Rialto
- Ponte dos Suspiros
- Ponte dos Peitos
- Ponte dos Descalços
- Ponte da Constituição
- Ponte da Academia
Outros locais
A Biblioteca Marciana é a mais importante biblioteca de Veneza e uma das maiores de Itália. Contém uma das mais ricas colecções de manuscritos do mundo, bem como obras impressas, mapas, e outros documentos que totalizam centenas de milhares de raridades. Ocupa parte dos edifícios da praça de São Marcos na piazzetta dei Leoncini, na margem do Grande Canal.
Outro ponto turístico é, no sestiere de Castello, o Arsenal de Veneza, estaleiro onde eram construídos os grandes navios comerciais e de guerra da Sereníssima República.
Nápoles | ||||
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Coordenadas:
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40° 50' 14° 15'
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Área:
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117 km²:
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993.386 hab.
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8490 hab./km²
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C. limítrofes:
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Feriado:
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Nápoles (em italiano: Napoli; em napolitano: Napule) é uma comuna italiana do sul de Itália, da região da Campania, província de Nápoles, com cerca de 1.000.000 habitantes (cens. 2001) e com cerca de 4.400.000 habitantes na região metropolitana (que compreende áreas na província de Caserta, Avellino e Salerno. Nápoles é a terceira cidade mais populosa da Itália após Roma e Milão e tem a segunda maior região metropolitana após a de Milão. Estende-se por uma área de 117 km², de densidade populacional 8.490 h/km². É conhecida mundialmente pela sua história e por ser a terra natal da pizza.
História
Tem origem na antiga cidade grega de Neapolis. Foi conquistada pelos romanos no século IV a.C.. No século VI, passou para domínio bizantino e, no século VIII, constituiu-se em ducado independente. Em 1139, passou a pertencer ao reino da Sicília. A universidade foi fundada em 1224. Passou a ser, no final do século XIII, a capital do reino. Em 1282, passou para a coroa de Aragão, sendo denominado reino de Nápoles. No século XVIII, passou a ser independente, sendo anexado ao reino da Sardenha em 1860 e ao da Itália em 1861. Nessa cidade, nasceram os papas: Bonifácio V, Urbano VI, Bonifácio IX, Paulo IV, Inocêncio XII.
Nápoles é reputada como sendo uma das cidades mais perigosas da Europa, por causa de sua elevada taxa de pobreza (32%) e a elevada taxa de criminalidade e desemprego. Todos os anos, ocorrem centenas de mortes causa das guerras de clãs dentro da máfia local, a Camorra.
Cercada de cenários deslumbrantes e mais de 2000 toneladas de lixo acumulado nas calçadas. Alimentada por anos e anos de disputas políticas, burocracia e paralisações promovidas pela máfia local, a Camorra, que controla os serviços de limpeza urbana na região, a montanha de sacos plásticos provoca sujeira e mau cheiro por toda a parte, inclusive em volta da catedral e de outros prédios históricos.
Geografia
Localiza-se no golfo de Nápoles, no mar Tirreno. É um porto importante e o principal centro industrial e comercial do sul do país. É, também, um centro turístico pois nos seus subúrbios localizam-se vários locais de interesse: o vulcão do monte Vesúvio, as ruínas de Pompeia e de Herculano e as ilhas de Capri e de Ischia. O seu centro histórico foi declarado património mundial pela UNESCO.
Clima
Nápoles tem um clima tipicamente mediterrânico, com invernos moderados e chuvosos e verões quentes e secos, porém sempre refrescados pela brisa marítima que raramente falta no seu golfo. O sol esplende mediamente por 250 dias por ano [1]. A classificação climática das comunas italianas insere a cidade na zona climática C. A particular conformação morfológica do território leva a que a cidade apresente diferentes microclimas, com a possibilidade de encontrar variações atmosféricas significativas movimentando-se apenas de poucos quilómetros.
Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Anual |
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Máximas médias °C | 12 | 12 | 15 | 17 | 22 | 26 | 29 | 29 | 26 | 21 | 16 | 13 | 20 |
Mínimas médias °C | 4 | 5 | 6 | 8 | 12 | 16 | 18 | 18 | 16 | 12 | 8 | 5 | 11 |
Chuvamm. | 90 | 80 | 70 | 70 | 50 | 30 | 20 | 30 | 70 | 130 | 120 | 110 | 940 |
Fonte: Weatherbase |
Tecido urbano e população
Capital da província homónima e da região Campania, é a terceira municipalidade da Italia por número de habitantes: Dados dell' do ISTAT; o último recenseamento (2006) [18] encontra uma população de 975.139 habitantes, mais do que um sexto da população regional inteira e aproximadamente um terço da população de sua província. Atualmente a municipalidade de Nápoles é 18° da Europa por população.
A cidade em si é estendida muito além da superfície comunal, embora uma definição de seus limites não possa ser univocal. Os dados o UN de 2005 atribuem ao inteiro aglomerado da cidade uma população de aproximadamente 2.200.000 habitantes, mas vai lembado que são dados de várias fontes que variam de acordo com o método de cálculo usado (para l' aglomerado da cidade mas também sobretudo para a definição dos limites da área metropolitana). A área metropolitana de Nápoles segundo a estima do OCSE alcançaria aproximadamente 3.100.000 habitantes, atrás de Milão e de Roma. Em outras fontes aparece ser a segunda área metropolitana da Italia por população após Milão, somente para citar algumas: o U.S. Census Bureau and Times Atlas of the World estima uma população de aproximadamente 3 milhão habitantes, enquanto os dados de Eurostat contam aproximadamente 4 milhões e as fontes SVIMEZ atribuem preferivelmente 4.392.835 distribuídos em un' área de 2.252 km², fazendo da segunda área metropolitana italiana por população.
A área metropolitana resulta ser, em todo caso, uma das mais populosas e densamente povoadas da União Europeia (em 2007 resultava ser a oitava em Europa e 86° ao mundo). Os urbanistas chamam o inteiro território urbanizado de "a grande Napoli"; o crescimento da cidade conseguiu de facto integrar municípios da província de Salerno e de Caserta. A costa metropolitana é estendida ininterruptaamente desde Capo Miseno a Castellammare di Stabia.
Curtindo Veneza
Suas ruelas reservam uma grande quantidade de igrejas e construções antigas, além de praças e pequenas lojas com as famosas máscaras venezianas e bibelôs de murano (vidro soprado), entre outros achados. A melhor época para visitá-la é na primavera e outono.
Se for de avião, ao chegar ao aeroporto Marco Polo, procure os vaporettos Alilaguna, espécie de ônibus marítimo com paradas nas muitas ilhas que compõem a cidade (ao todo, ela é formada por 117 pedaços de terra conectados por mais de 400 pontes), ao custo de 27 euros por pessoa (ida e volta). Outra opção é pegar um táxi, vaporetto exclusivo que o levará diretamente ao seu hotel e custa 108 euros (só ida; para até quatro pessoas).
Entre as principais atrações turísticas, está a Piazza (praça) de San Marco, que conserva a imponente Basilica di San Marco, a construção mais famosa da cidade, e o Palazzo Ducale, de arquitetura gótica soberba. Vale a pena visitar também a galeria da Accademia di Belle Arti, um dos melhores museus da Itália, onde O Davi de Michelangelo está exposto desde 1873 — além da escultura, há várias pinturas de artistas como Sandro Botticelli, Tintoretto, Paolo Veronese, entre outros. Andando um pouco pela ilha, o visitante chega até a ponte de Rialto, o centro de Veneza, que concentra várias lojinhas e charmosos restaurantes ao longo do canal, além de um mercado com frutas e legumes fresquíssimos. É também neste pedaço que está a maior concentração de gôndolas — se quiser fazer os tradicionais passeios, reserve um bom dinheiro para isto. Eles podem ser românticos, porém, são caros. Um de 40 minutos custa de 80 (no período da manhã) a 100 euros (à noite).
Na hora de comer, fuja das armadilhas para turistas. Os restaurantes localizados na Piazza de San Marco aparentam ser bonitinhos e charmosos com seus violinistas convidando casais para um jantar romântico, mas a comida e o preço nem sempre compensam. Ao invés disso, prefira locais afastados dos principais pontos turísticos, que geralmente reservam preços menos salgados e pratos mais tradicionais — de quebra, você ainda será super bem tratado. Os pratos tradicionais são polenta, risotto negro (com tinta de lula) e frutos do mar — fuja da pizza, essa é uma especialidade mais do sul da Itália. As melhores opções são os pequenos “ristorantes” familiares, como os diversos localizados na Sestiere Castello, algumas ruas atrás da Basilica di San Marco, como a Osteria Oliva Nera, o Al Vecio Canton, e o Al Giardinetto. O Antico Dolo, localizado mais próximo a Rialto. Para um local mais jovem, tente o wine bar Vino Vino, próximo ao Teatro La Fenice.
Pompeia ou Pompeios[1] (em latim: Pompeii) foi outrora uma cidade do Império Romano situada a 22 quilômetros da cidade de Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompeia. A antiga cidade foi destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C., que provocou uma intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade. Ela se manteve oculta por 1600 anos, até ser eventualmente reencontrada em 1749. Cinzas e lama protegeram as construções e objetos dos efeitos do tempo, moldando também os corpos das vítimas, o que fez com que fossem encontradas do modo exato como foram atingidas pela erupção. Desde então, as escavações proporcionaram um sítio arqueológico extraordinário, que possibilita uma visão detalhada na vida de uma cidade dos tempos da Roma Antiga.
Considerada patrimônio mundial pela UNESCO, atualmente Pompeia é uma das atrações turísticas mais populares da Itália, com aproximadamente 2,500,000 visitantes por ano.[2]
No século V a.C., ela foi recapturada pelos sâmnios, juntamente com todas as outras cidades em torno de Campânia. Os novos governantes então impuseram seu estilo de arquitetura, ampliando a cidade. Após as Guerras Samnitas, Pompeia foi forçada a aceitar o status de socium de Roma, mantendo, no entanto, autonomia linguística e administrativa. A cidade foi fortificada no século IV a.C., e durante a Segunda Guerra Púnica permanceu fiel à Roma.
Pompeia integrou a guerra que as cidades de Campânia empreenderam contra Roma, mas em 89 a.C. foi dominada por Sula. Embora uma parte da Liga Social, liderada por Lucius Cluentius, tenha auxiliado na resistência aos romanos, Pompeia foi forçada a se render em 80 a.C. após a conquista de Nola, culminando com a tomada de terras pelos veteranos de Sula, enquanto aqueles contrários à Roma foram expulsos de suas casas. Tornou-se uma colônia romana sob o nome Colonia Cornelia Veneria Pompeianorum, transformando-se num importante corredor de bens que chegavam do mar e precisavam ser transportados à Roma ou ao sul da Itália através da vizinha via Ápia. A produção de água, vinho e agricultura também tornou-se aspecto importante da cidade.
O abastecimento de água era feito por uma ramificação do Aqua Augusta, construído em 20 a.C. por Agripa; o canal principal abastecia diversas outras cidades grandes, e por fim a base naval de Miseno. O castellum de Pompeia permaneceu bem conservado com o tempo, e inclui muitos detalhes da rede de distribuição e seus controles.
Pompeia era um lugar movimentado, e evidências demonstram diversos detalhes do cotidiano da cidade. No chão de uma das casas, por exemplo, está a inscrição Salve, lucru (Bem-vindo, dinheiro), no local onde funcionava um comércio; jarras de vinho trazem um dos primeiros exemplos de trocadilho mercadológico, Vesuvinum (combinando as palavras em latim para Vesúvio e vinho); e nas paredes, graffiti mostram exemplos verdadeiros do latim de rua (o latim vulgar, um dialeto diferente do latim clássico ou literário).
Em 89 a.C., após a ocupação definitiva da cidade pelo general romano Lúcio Cornélio Sula, Pompeia foi finalmente anexada à República Romana. Nesta época, a cidade passou por um amplo processo de desenvolvimento infraestrutural, a maior parte concluída durante o período Agostiniano. Da arquitetura do período destacam-se um anfiteatro, uma palaestra com uma piscina central (usada para fins decorativos), um aqueduto que abastecia as aproximadamente 25 fontes de rua, pelo menos quatro banhos públicos, um grande número de domus e casas de comércio. O anfiteatro, em particular, foi citado por estudiosos modernos como um exemplo de design sofisticado, especificamente no quesito de controle de multidões. O arqueduto era ligado aos três encanamentos principais do Castellum Aquae, onde a água era coletada antes de ser distribuída à cidade.[4]
O grande número de afrescos também ajudaram a formar uma imagem da vida cotidiana na época, representando um enorme avanço na história da arte do mundo antigo, com a inclusão dos estilos pompeanos. Alguns aspectos culturais eram distintivamente eróticos, incluindo a veneração ao falo. Uma expressiva coleção de objetos e afrescos eróticos foi reunida em Pompeia, mas, considerada "obscena", permaneceu até recentemente escondida em um "museu secreto" na Universidade de Nápoles.[5]
Pesquisas recentes tentam estabelecer quais estruturaras estavam sendo reconstruídas na época da erupção. Algumas das pinturas mais antigas e danificadas podem ter sido cobertas por novas, e instrumentos modernos são utilizados para desencobrir os afrescos ocultos. Especula-se que a razão de as reformas persistirem dezessete anos depois do sismo foi o aumento da frequência de pequenos terremotos, que por sua vez levaram à erupção.
Um estudo vulcanológico multidisciplinar e bio-antropológico das consequências e vítimas da erupção, aliado à simulações e experimentos numéricos, indicam que no Vesúvio e nas cidades circunvizinhas, o calor foi a principal causa de morte, no que anteriormente se supunha ser devido às cinzas e sufocação. Os resultados do estudo demonstram que a exposição ao calor de pelo menos 250 °C a uma distância de 10 quilômetros da erupção foi suficiente para causar morte instantânea, mesmo daqueles abrigados em construções.[6]
A população e construções de Pompeia foram cobertos por doze diferentes camadas de piroclasto, que caiu durante seis horas e totalizou 25 metros de profundidade. Plínio, o Jovem forneceu um relato de primeira-mão da erupção do Vesúvio de sua posição em Miseno, do outro lado do golfo de Nápoles, numa versão escrita 25 anos após o evento. A experiência provavelmente ficou gravada em sua memória devido ao trauma da ocasião e também pela perda de seu tio, Plínio, o Velho, com o qual ele tinha uma relação próxima. Seu tio morreu enquanto tentava resgatar vítimas isoladas; como almirante da armada, ele havia ordenado que os navios da Marinha Imperial atracados em Miseno atravessasem o golfo para auxiliar nas tentativas de evacuação. Os vulcanologistas reconheceriam mais tarde a importância dos relatos de Plínio, o Jovem ao definir situações semelhantes às da erupção do Vesúvio como "plinianas".
A erupção foi documentada por historiadores contemporâneos e, em geral considera-se, a partir do texto de Plínio, que tenha começado em 24 de agosto de 79. As escavações arqueológicas, no entanto, sugerem que a cidade foi dizimada aproximadamente dois meses depois.[7] Isto é confirmado por outra versão do texto, que estabelece a data da erupção como 23 de novembro.[8][9] As pessoas sepultadas nas cinzas parecem vestir trajes mais quentes do que as roupas de verão que poderiam estar vestindo em agosto. As frutas frescas e vegetais nas lojas são típicos de outubro, enquanto que as frutas de verão típicas de agosto já estavam sendo vendidas de forma seca ou em conserva. As jarras de fermentação de vinho estavam seladas, e isto costumava ocorrer por volta do final de outubro. Entre as moedas encontradas na bolsa de uma mulher, estava uma que trazia uma homenagem ao décimo-quinto ano do imperador no poder, concluindo-se daí que ela só poderia ter sido cunhada na segunda semana de setembro. Até hoje, não há uma teoria definitiva sobre a razão de uma discrepância tão grande entre as datas.[8]
Herculano foi apropriadamente redescoberta em 1738 por operários que escavavam as fundações do palácio de verão do Rei de Nápoles, Carlos III. Pompeia foi redescoberta como resultado de escavações intencionais realizadas em 1748 pelo engenheiro militar espanhol Rocque Joaquin de Alcubierre. As duas cidades passaram então a serem exploradas, revelando muitas construções e pinturas intactas. Carlos III demonstrou bastante interesse nas descobertas, mesmo após se tornar rei da Espanha, pois a exibição das antiguidades reforçava o poder político e cultural de Nápoles.[10]
As primeiras escavações profissionais foram supervisionadas por Karl Weber.[11] Em seguida foi a vez do engenheiro militar Francisco la Vega, que em 1804 foi sucedido por seu irmão Pietro.[12] Em 1860, as escavações foram assumidas por Giuseppe Fiorelli. No começo da exploração, descobriu-se que espaços vagos ocasionais nas camadas de cinzas continham restos humanos. Foi Fiorelli que percebeu que aqueles eram espaços deixados por corpos decompostos, desenvolvendo então uma técnica de injetar gesso neles para recriar perfeitamente o formato das vítimas do Vesúvio. O resultado foi uma série de formas lúgubres e extremamente fiéis dos habitantes de Pompéia incapazes de escapar, preservados em seu último instante de vida, alguns com uma expressão de terror claramente visível. Esta técnica é utilizada até hoje, mas com resina no lugar do gesso, por ser mais durável e não destruir os ossos, o que permite análises mais aprofundadas.[13]
Em 1819, quando o rei Francisco I das Duas Sicílias, acompanhado de sua esposa e filha, visitou uma exposição sobre Pompeia no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, ficou tão constrangido com as obras de arte eróticas que decidiu trancafiá-las em um gabinete secreto, acessível apenas a "pessoas maduras e de moral respeitável". Aberta, fechada, reaberta novamente e por fim lacrada por quase 100 anos, a câmara foi tornada acessível novamente no final da década de 1960, e finalmente reaberta para visitação em 2000. Menores de idade, no entanto, só podem visitar o ex-gabinete secreto na presença de um responsável ou com autorização por escrito.[14]
Curtindo Veneza
Suas ruelas reservam uma grande quantidade de igrejas e construções antigas, além de praças e pequenas lojas com as famosas máscaras venezianas e bibelôs de murano (vidro soprado), entre outros achados. A melhor época para visitá-la é na primavera e outono.
Se for de avião, ao chegar ao aeroporto Marco Polo, procure os vaporettos Alilaguna, espécie de ônibus marítimo com paradas nas muitas ilhas que compõem a cidade (ao todo, ela é formada por 117 pedaços de terra conectados por mais de 400 pontes), ao custo de 27 euros por pessoa (ida e volta). Outra opção é pegar um táxi, vaporetto exclusivo que o levará diretamente ao seu hotel e custa 108 euros (só ida; para até quatro pessoas).
Entre as principais atrações turísticas, está a Piazza (praça) de San Marco, que conserva a imponente Basilica di San Marco, a construção mais famosa da cidade, e o Palazzo Ducale, de arquitetura gótica soberba. Vale a pena visitar também a galeria da Accademia di Belle Arti, um dos melhores museus da Itália, onde O Davi de Michelangelo está exposto desde 1873 — além da escultura, há várias pinturas de artistas como Sandro Botticelli, Tintoretto, Paolo Veronese, entre outros. Andando um pouco pela ilha, o visitante chega até a ponte de Rialto, o centro de Veneza, que concentra várias lojinhas e charmosos restaurantes ao longo do canal, além de um mercado com frutas e legumes fresquíssimos. É também neste pedaço que está a maior concentração de gôndolas — se quiser fazer os tradicionais passeios, reserve um bom dinheiro para isto. Eles podem ser românticos, porém, são caros. Um de 40 minutos custa de 80 (no período da manhã) a 100 euros (à noite).
Na hora de comer, fuja das armadilhas para turistas. Os restaurantes localizados na Piazza de San Marco aparentam ser bonitinhos e charmosos com seus violinistas convidando casais para um jantar romântico, mas a comida e o preço nem sempre compensam. Ao invés disso, prefira locais afastados dos principais pontos turísticos, que geralmente reservam preços menos salgados e pratos mais tradicionais — de quebra, você ainda será super bem tratado. Os pratos tradicionais são polenta, risotto negro (com tinta de lula) e frutos do mar — fuja da pizza, essa é uma especialidade mais do sul da Itália. As melhores opções são os pequenos “ristorantes” familiares, como os diversos localizados na Sestiere Castello, algumas ruas atrás da Basilica di San Marco, como a Osteria Oliva Nera, o Al Vecio Canton, e o Al Giardinetto. O Antico Dolo, localizado mais próximo a Rialto. Para um local mais jovem, tente o wine bar Vino Vino, próximo ao Teatro La Fenice.
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Patrimônio Mundial da UNESCO | ||||
País | Itália | |||
Tipo | ||||
Critérios | III, IV, V | |||
Referência | 829 | |||
Região** | Europa | |||
Histórico de inscrição | ||||
Inscrição | 1997 (21ª sessão) | |||
* Nome como inscrito na lista do Património Mundial. ** Região, segundo a classificação pela UNESCO. |
Considerada patrimônio mundial pela UNESCO, atualmente Pompeia é uma das atrações turísticas mais populares da Itália, com aproximadamente 2,500,000 visitantes por ano.[2]
História
As escavações arqueológicas estenderam-se ao nível da rua quando do evento vulcânico de 79 d.C.; escavações aprofundadas em partes mais antigas de Pompeia e amostras de solo de perfurações em locais vizinhos expuseram camadas de um sedimento misto que sugere que a cidade fora atingida por eventos vulcânicos e sísmicos em outras ocasiões. Três placas de sedimento foram detectadas na cobertura de lava que repousava sobre a cidade e, misturado ao sedimento, arqueologistas encontraram amostras de osso animal, cacos de cerâmica e plantas. Utilizando o método de datação por carbono, foi descoberto que a camada mais antiga pertencia aos séculos VIII-VI a.C., data aproximada da fundação da cidade. As outras duas camadas separam-se das demais por camadas de solo trabalhado ou pavimento romano, constituídas por volta dos séculos IV e II a.C. Especula-se que as camadas de sedimento misto tenham sido criadas por imensos deslizamentos, provocados provavelmente por chuva constante.Primórdios
A cidade foi fundada por volta dos séculos VI e VII a.C. pelos oscos, um povo da Itália central, no local onde situava-se um importante cruzamento entre Cumae, Nola e Stabiae. O local já havia sido utilizado anteriormente como porto seguro pelos marinheiros gregos e fenícios. De acordo com Strabo, Pompeia foi capturada pelos etruscos, e escavações recentes de fato mostraram a presença de inscrições etruscas e uma necrópole do século VI a.C. A cidade fora capturada pela primeira vez pela colônia grega de Cumae, aliada à Siracusa, entre 525 e 474 a.C.No século V a.C., ela foi recapturada pelos sâmnios, juntamente com todas as outras cidades em torno de Campânia. Os novos governantes então impuseram seu estilo de arquitetura, ampliando a cidade. Após as Guerras Samnitas, Pompeia foi forçada a aceitar o status de socium de Roma, mantendo, no entanto, autonomia linguística e administrativa. A cidade foi fortificada no século IV a.C., e durante a Segunda Guerra Púnica permanceu fiel à Roma.
Pompeia integrou a guerra que as cidades de Campânia empreenderam contra Roma, mas em 89 a.C. foi dominada por Sula. Embora uma parte da Liga Social, liderada por Lucius Cluentius, tenha auxiliado na resistência aos romanos, Pompeia foi forçada a se render em 80 a.C. após a conquista de Nola, culminando com a tomada de terras pelos veteranos de Sula, enquanto aqueles contrários à Roma foram expulsos de suas casas. Tornou-se uma colônia romana sob o nome Colonia Cornelia Veneria Pompeianorum, transformando-se num importante corredor de bens que chegavam do mar e precisavam ser transportados à Roma ou ao sul da Itália através da vizinha via Ápia. A produção de água, vinho e agricultura também tornou-se aspecto importante da cidade.
O abastecimento de água era feito por uma ramificação do Aqua Augusta, construído em 20 a.C. por Agripa; o canal principal abastecia diversas outras cidades grandes, e por fim a base naval de Miseno. O castellum de Pompeia permaneceu bem conservado com o tempo, e inclui muitos detalhes da rede de distribuição e seus controles.
Século I d.C.
A cidade escavada oferece uma amostra da vida romana no século I, congelada no momento em que foi sepultada pela erupção do Vesúvio em 79 d.C..[3] O fórum, os banhos, muitas casas, e algumas vilas nos arredores, como a Vila dos Mistérios, permaneceram incrivelmente bem preservadas.Pompeia era um lugar movimentado, e evidências demonstram diversos detalhes do cotidiano da cidade. No chão de uma das casas, por exemplo, está a inscrição Salve, lucru (Bem-vindo, dinheiro), no local onde funcionava um comércio; jarras de vinho trazem um dos primeiros exemplos de trocadilho mercadológico, Vesuvinum (combinando as palavras em latim para Vesúvio e vinho); e nas paredes, graffiti mostram exemplos verdadeiros do latim de rua (o latim vulgar, um dialeto diferente do latim clássico ou literário).
Em 89 a.C., após a ocupação definitiva da cidade pelo general romano Lúcio Cornélio Sula, Pompeia foi finalmente anexada à República Romana. Nesta época, a cidade passou por um amplo processo de desenvolvimento infraestrutural, a maior parte concluída durante o período Agostiniano. Da arquitetura do período destacam-se um anfiteatro, uma palaestra com uma piscina central (usada para fins decorativos), um aqueduto que abastecia as aproximadamente 25 fontes de rua, pelo menos quatro banhos públicos, um grande número de domus e casas de comércio. O anfiteatro, em particular, foi citado por estudiosos modernos como um exemplo de design sofisticado, especificamente no quesito de controle de multidões. O arqueduto era ligado aos três encanamentos principais do Castellum Aquae, onde a água era coletada antes de ser distribuída à cidade.[4]
O grande número de afrescos também ajudaram a formar uma imagem da vida cotidiana na época, representando um enorme avanço na história da arte do mundo antigo, com a inclusão dos estilos pompeanos. Alguns aspectos culturais eram distintivamente eróticos, incluindo a veneração ao falo. Uma expressiva coleção de objetos e afrescos eróticos foi reunida em Pompeia, mas, considerada "obscena", permaneceu até recentemente escondida em um "museu secreto" na Universidade de Nápoles.[5]
67-79 d.C.
Na época da erupção, a cidade tinha aproximadamente 20,000 habitantes, estando localizada na região onde os romanos mantinham suas vilas de férias. Os moradores já haviam se habituado a tremores de terra de pequena intensidade, mas, em 5 de fevereiro de 62, um grave sismo provocou danos consideráveis na baía e particularmente em Pompeia. Acredita-se que o terremoto tenha atingido uma intensidade de 5 ou 6 na escala Richter, provocando caos na cidade, então em festividades. Templos, casas e pontes foram destruídos, e as cidades vizinhas de Herculano e Nuceria foram também afetadas. Não se sabe quantas pessoas deixaram Pompeia, mas um número expressivo mudou-se para outros territórios do Império Romano, enquanto as remanescentes deram início à árdua tarefa de superar os saques, fome e destruição, enquanto tentavam reconstruir a cidade.Pesquisas recentes tentam estabelecer quais estruturaras estavam sendo reconstruídas na época da erupção. Algumas das pinturas mais antigas e danificadas podem ter sido cobertas por novas, e instrumentos modernos são utilizados para desencobrir os afrescos ocultos. Especula-se que a razão de as reformas persistirem dezessete anos depois do sismo foi o aumento da frequência de pequenos terremotos, que por sua vez levaram à erupção.
Erupção do Vesúvio
Um estudo vulcanológico multidisciplinar e bio-antropológico das consequências e vítimas da erupção, aliado à simulações e experimentos numéricos, indicam que no Vesúvio e nas cidades circunvizinhas, o calor foi a principal causa de morte, no que anteriormente se supunha ser devido às cinzas e sufocação. Os resultados do estudo demonstram que a exposição ao calor de pelo menos 250 °C a uma distância de 10 quilômetros da erupção foi suficiente para causar morte instantânea, mesmo daqueles abrigados em construções.[6]
A população e construções de Pompeia foram cobertos por doze diferentes camadas de piroclasto, que caiu durante seis horas e totalizou 25 metros de profundidade. Plínio, o Jovem forneceu um relato de primeira-mão da erupção do Vesúvio de sua posição em Miseno, do outro lado do golfo de Nápoles, numa versão escrita 25 anos após o evento. A experiência provavelmente ficou gravada em sua memória devido ao trauma da ocasião e também pela perda de seu tio, Plínio, o Velho, com o qual ele tinha uma relação próxima. Seu tio morreu enquanto tentava resgatar vítimas isoladas; como almirante da armada, ele havia ordenado que os navios da Marinha Imperial atracados em Miseno atravessasem o golfo para auxiliar nas tentativas de evacuação. Os vulcanologistas reconheceriam mais tarde a importância dos relatos de Plínio, o Jovem ao definir situações semelhantes às da erupção do Vesúvio como "plinianas".
A erupção foi documentada por historiadores contemporâneos e, em geral considera-se, a partir do texto de Plínio, que tenha começado em 24 de agosto de 79. As escavações arqueológicas, no entanto, sugerem que a cidade foi dizimada aproximadamente dois meses depois.[7] Isto é confirmado por outra versão do texto, que estabelece a data da erupção como 23 de novembro.[8][9] As pessoas sepultadas nas cinzas parecem vestir trajes mais quentes do que as roupas de verão que poderiam estar vestindo em agosto. As frutas frescas e vegetais nas lojas são típicos de outubro, enquanto que as frutas de verão típicas de agosto já estavam sendo vendidas de forma seca ou em conserva. As jarras de fermentação de vinho estavam seladas, e isto costumava ocorrer por volta do final de outubro. Entre as moedas encontradas na bolsa de uma mulher, estava uma que trazia uma homenagem ao décimo-quinto ano do imperador no poder, concluindo-se daí que ela só poderia ter sido cunhada na segunda semana de setembro. Até hoje, não há uma teoria definitiva sobre a razão de uma discrepância tão grande entre as datas.[8]
Redescoberta
Depois que as grossas camadas de cinzas cobriram Pompeia e Herculano, estas cidades foram abandonadas e seus nomes e localizações eventualmente esquecidos. A primeira vez em que parte delas foi redescoberta foi em 1599, quando a escavação de um canal subterrâneo para desviar o curso do rio Sarno esbarrou acidentalmente em muros antigos cobertos de pinturas e inscrições. O arquiteto Domenico Fontana foi então chamado, e ele escavou alguns outros afrescos antes de mandar que tudo fosse coberto novamente. Tal procedimento foi visto posteriormente tanto como um ato de preservação do sítio para gerações posteriores quanto um ato de censura, considerando-se o conteúdo sexual das pinturas e o clima moralista e classicista da contra-reforma na época.[10]Herculano foi apropriadamente redescoberta em 1738 por operários que escavavam as fundações do palácio de verão do Rei de Nápoles, Carlos III. Pompeia foi redescoberta como resultado de escavações intencionais realizadas em 1748 pelo engenheiro militar espanhol Rocque Joaquin de Alcubierre. As duas cidades passaram então a serem exploradas, revelando muitas construções e pinturas intactas. Carlos III demonstrou bastante interesse nas descobertas, mesmo após se tornar rei da Espanha, pois a exibição das antiguidades reforçava o poder político e cultural de Nápoles.[10]
As primeiras escavações profissionais foram supervisionadas por Karl Weber.[11] Em seguida foi a vez do engenheiro militar Francisco la Vega, que em 1804 foi sucedido por seu irmão Pietro.[12] Em 1860, as escavações foram assumidas por Giuseppe Fiorelli. No começo da exploração, descobriu-se que espaços vagos ocasionais nas camadas de cinzas continham restos humanos. Foi Fiorelli que percebeu que aqueles eram espaços deixados por corpos decompostos, desenvolvendo então uma técnica de injetar gesso neles para recriar perfeitamente o formato das vítimas do Vesúvio. O resultado foi uma série de formas lúgubres e extremamente fiéis dos habitantes de Pompéia incapazes de escapar, preservados em seu último instante de vida, alguns com uma expressão de terror claramente visível. Esta técnica é utilizada até hoje, mas com resina no lugar do gesso, por ser mais durável e não destruir os ossos, o que permite análises mais aprofundadas.[13]
Em 1819, quando o rei Francisco I das Duas Sicílias, acompanhado de sua esposa e filha, visitou uma exposição sobre Pompeia no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles, ficou tão constrangido com as obras de arte eróticas que decidiu trancafiá-las em um gabinete secreto, acessível apenas a "pessoas maduras e de moral respeitável". Aberta, fechada, reaberta novamente e por fim lacrada por quase 100 anos, a câmara foi tornada acessível novamente no final da década de 1960, e finalmente reaberta para visitação em 2000. Menores de idade, no entanto, só podem visitar o ex-gabinete secreto na presença de um responsável ou com autorização por escrito.[14]
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Milão
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Plantada no extremo norte do país, quase escapando do mapa em forma de bota, Milão está tão distante de Roma quanto de Munique, na Alemanha. Ou tão perto de Lyon, na França, quanto de Florença. E não faz o menor esforço para desmentir o título de "cidade menos italiana da Itália". Pelo contrário, gosta de ser vista como um reduto europeizado, mais moderno e globalizado que o resto do país. A esnobe Milão assume sua riqueza, torce o nariz para os imigrantes e, às vezes, dá até a impressão de esconder seus tesouros dos visitantes. Apesar dos pesares, algumas atrações milanesas são pomposas demais para passarem despercebidas. É o caso, por exemplo, do Duomo, a maior catedral gótica da Itália, ornamentada com nada menos que 3 000 estátuas! É uma construção tão meticulosa, que levou cinco séculos - ou exatos 511 anos para ficar pronta. Se você, por acaso, assistiu a Rocco e Seus Irmãos, genial filme de Lucchino Visconti que retrata a dura adaptação dos italianos do sul na Milão dos anos 60, vai se lembrar dessa monumental igreja. É no topo dela que Alain Delon e Annie Girardot trocam beijos apaixonados, sob o olhar condescendente da Madonnina d´Oro, a imagem de Nossa Senhora que abençoa Milão lá de cima. Majestosa, com um portal da altura de oito andares, piso de mármore e magníficos vitrais na cobertura, a galeria é outro ícone da cidade. Todos circulam à vontade entre as lojas e restaurantes da galeria, mas é fácil distinguir um grupo do outro - e não só porque os locais sejam mais formais e elegantes do que os turistas. É que eles nunca participam de um ritual para o qual os visitantes fazem fila: pisar com um dos calcanhares nos testículos de um touro pintado no chão, bem no centro da galeria, e girar o corpo numa volta completa. O efeito, dizem, é o mesmo prometido pela moedinha que se joga na Fontana di Trevi, em Roma: dá sorte, garante a volta do forasteiro à cidade etc. Na verdade, esta é a melhor prova de que o milanês, ao contrário de todas as lendas, possui senso de humor. É só observar o olhar maroto dos sisudos senhores por cima do jornal, espiando tamanha ridícula cena.
O terceiro tesouro de Milão é o Castelo Sforzesco. Construído 150 anos antes da descoberta do Brasil, é hoje um imenso museu, carregado de obras valiosíssimas - entre elas, a última escultura de Michelangelo, a Pietà Rondanini, inacabada, por sinal. O castelo porém, era mais freqüentado por outro gênio do Renascimento, Leonardo da Vinci, que viveu aqui dos 30 aos 47 anos. Leonardo voltou a Florença em 1499, quando Milão caiu nas mãos dos franceses, mas deixou na cidade uma de suas obras mais marcantes: o Cenaculo, um afresco de nove metros de comprimento por quatro de altura, gravado numa parede do convento de Santa Maria delle Grazie. Para os amantes da arte, este já é um motivo suficiente para visitar Milão. De fato, quem passa pela primeira vez diante desse teatro lírico - que não é só o mais importante de Milão, mas de todo o mundo - não faz a menor idéia do palco deslumbrante, e carregado de história, que existe por trás da sua fachada discreta e cinzenta. Um lustre de cristal com 365 lâmpadas pende, cintilante, do teto. Na sala de espetáculos, espalham-se 3000 lugares, embora, por medida de segurança, só sejam vendidos 2000 bilhetes por vez.
Em compensação, uma consagração no Scala tem um valor eterno. O compositor brasileiro Carlos Gomes é outro que sentiu na pele o peso do teatro de Milão: só ganhou o reconhecimento mundial ao apresentar O Guarani no Scala , em 1870.
A exigente Milão também sabe ser hospitaleira, boêmia e generosa. Como nas ruas estreitas do charmoso e tradicional bairro de Brera, num sábado de manhã, quando acontece a feirinha de antiguidades da Via Madonnina, com uma notável oferta de badulaques. Os nomes peculiares das ruas vizinhas, como Via Fiori Chiari (Flores Claras) e o da Via Fiori Oscuri (Flores Escuras), também revelam o lado mundano da cidade - referem-se às belas "flores" que um dia habitaram a região, as prostitutas. São dezenas de locais que fervilham à noite, com música ao vivo, geralmente jazz.
Você poderá voltar a pé para o centro, atravessando o chamado quadrilátero da moda, formado pelas vias Montenapoleone, Della Spiga, Santo Spirito e Sant´Andrea, onde ficam as lojas mais chiques de Milão.
ESTAÇÃO CENTRALE
GALERIA VITTORIO EMANUELE
CATEDRAL DUOMO
CATEDRAL DUOMO
Viajar pelo mundo é sem dúvida nenhuma a melhor forma de buscar lazer,cultura e prazer.
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